Os Estados Unidos consultaram vários países sobre a possibilidade de aceitar palestinos que queiram deixar Gaza para fugir da guerra, disse o secretário de Estado americano, Marco Rubio, nesta terça-feira (20).
O governo israelense alertou a população de Gaza – quase completamente deslocada desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, após o ataque do movimento islamista Hamas contra Israel – para se realocar antes de uma nova ofensiva, depois que bloqueou alimentos e suprimentos por mais de dois meses.
O presidente americano, Donald Trump, referiu-se várias vezes ao deslocamento de dois milhões de pessoas de Gaza para dar lugar à sua reconstrução.
Questionado sobre o assunto em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Rubio disse: “Não há deportação”.
“O que conversamos com algumas nações é, se alguém voluntariamente e de bom grado disser: ‘Quero ir para outro lugar por um período de tempo porque estou doente, porque meus filhos precisam ir à escola, ou algo assim’, há países na região dispostos a aceitá-lo por um período de tempo?”, disse Rubio.
“Essas serão decisões voluntárias dos indivíduos”, acrescentou.
O senador democrata Jeff Merkley respondeu: se “não há água limpa, não há comida e os bombardeios estão por toda parte, é realmente uma decisão voluntária?”.
Rubio não disse quais países foram contatados, mas negou que a Líbia fosse um deles.
A NBC News, citando fontes anônimas, informou recentemente que o governo Trump trabalha em um plano para realocar permanentemente até 1 milhão de palestinos da Faixa de Gaza para a Líbia.
sct/st/aha/ad/mel/aa