Os Estados Unidos consideraram nesta quarta-feira (16) estar perto de chegar a um acordo com o Irã para retomar o pacto de 2015 entre o governo iraniano e as grandes potências sobre a limitação do programa de armas nucleares de Teerã.
“Fizemos avanços significativos. Estamos perto de um possível acordo, mas ainda não chegamos lá”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
O ministro das Relações Exteriores do Irã afirmou mais cedo que restam duas questões a serem resolvidas com os EUA nas negociações.
Porém, Price se negou a confirmar ou desmentir do que se tratam as garantias exigidas por Teerã para a sobrevida de um possível acordo mesmo em caso de alternância política nos Estados Unidos e da retirada da Guarda Revolucionária, o exército ideológico iraniano, da lista negra americana.
“Acreditamos que os problemas restantes podem ser solucionados”, declarou Price.
“Resta pouco tempo” até que os avanços nucleares do Irã invalidem completamente o acordo de 2015, que deveria impedi-lo de adquirir a bomba atômica, enfatizou, no entanto. “Isso precisa ser resolvido com urgência.”
A Rússia pareceu remover um dos últimos obstáculos aos negociadores do Irã e das grandes potências que, há onze meses em Viena, tentam salvar o pacto.
E a libertação de dois iranianos-britânicos por Teerã parecia trazer um novo sinal positivo.
O porta-voz da diplomacia americana “saudou” esta libertação, e pediu à República Islâmica que também faça “avanços urgentes para a libertação dos cidadãos americanos detidos injustamente”, questão que Washington colocou implicitamente como condição para um acordo.
O acordo nuclear de 2015 foi realizado pelo Irã, por um lado, e pelos Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, por outro. Mas os EUA se retiraram em 2018 sob o governo do presidente Donald Trump e reimpôs sanções econômicas a Teerã.