Os Estados Unidos irão superar a meta de arrecadar pelo menos US$ 200 milhões (quase R$ 1 bilhão) para combater as emissões de gás metano durante as negociações sobre o clima da COP28 no final deste mês em Dubai, disse um alto funcionário do Departamento de Estado nesta sexta-feira (17).

Os gases de efeito estufa distintos do dióxido de carbono contribuem para mais da metade da mudança climática com a qual o planeta sofre atualmente, mas recebem muito menos atenção.

Em abril, o presidente Joe Biden convidou outros países a se unirem aos Estados Unidos em um “Sprint Financeiro de Metano” com o objetivo de arrecadar 200 milhões de dólares para ajudar os países em desenvolvimento. Essa meta será superada graças às contribuições americanas e de outros países, disse o funcionário.

Mais de 150 nações já assinaram o “Compromisso Mundial contra o Metano”, que foi lançado em 2021 e pretende reduzir até 2030 as emissões mundiais desse gás em pelo menos 30% em relação aos níveis de 2020, a fim de eliminar 0,2ºC de aquecimento até 2050.

A China, o principal emissor mundial, concordou pela primeira vez incluir todos os gases de efeito estufa em seu próximo compromisso nacional sobre o clima até 2035 em um pacto com os Estados Unidos nesta semana.

China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, como anfitrião da COP28, celebrarão conjuntamente uma Cúpula sobre Gases de Efeito Estufa diferentes do CO2 nas negociações, que ocorreram entre 30 de novembro e 12 de dezembro.

O funcionário americano reconheceu que são necessários bilhões de dólares em todo o mundo para investir na redução das emissões de metano que são produzidas durante a produção de petróleo e gás natural.

As emissões de metano também provêm de aterros, atividades agrícolas e processos industriais.

Os cientistas consideram essencial limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC a longo prazo para evitar os efeitos mais graves e potencialmente irreversíveis da mudança climática. Atualmente, o planeta está a caminho de aquecer 2,3ºC até 2100.

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