Os Estados Unidos condenaram nesta quarta-feira (29) o voo de um drone iraniano perto do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower no dia anterior, ao chamá-lo de “inseguro” e “pouco profissional”.

O Eisenhower é a peça central de um dos dois grupos de ataque de porta-aviões destacados como parte dos esforços dos Estados Unidos para dissuadir o Irã e suas forças substitutas no Oriente Médio de escalar a guerra entre Israel e Hamas e convertê-la em um conflito regional mais amplo.

O drone iraniano voou sozinho a cerca de 1.500 metros do Eisenhower na terça-feira, enquanto o porta-aviões realizava operações de voo no Golfo, ignorando “múltiplas advertências” e violando um “aviso aos aviadores” que instrui as aeronaves a permanecerem a mais de 18,5 quilômetros de distância, disse o vice-almirante Brad Cooper em comunicado.

“Este comportamento inseguro, pouco profissional e irresponsável do Irã coloca em risco as vidas dos Estados Unidos e dos países associados e deve cessar imediatamente”, disse Cooper, que comanda as forças navais americanas no Oriente Médio.

“As forças navais dos Estados Unidos permanecem vigilantes e continuarão voando, navegando e operando em qualquer lugar que o direito internacional permita enquanto promovem a segurança marítima regional”, acrescentou.

No dia 7 de outubro, o grupo militante palestino Hamas realizou um ataque contra Israel a partir de Gaza que, segundo autoridades israelenses, matou cerca de 1.200 pessoas.

Israel respondeu com uma implacável campanha terrestre e aérea em Gaza, controlada pelo Hamas que, segundo os funcionários do Ministério de Saúde do grupo islamista, matou quase 15.000 pessoas.

Essas mortes provocaram ira generalizada no Oriente Médio e deram impulso aos ataques contra as tropas americanas na região por parte de grupos armados que se opõem à sua presença e ao apoio de Washington a Israel.

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