Os Estados Unidos se disseram chocados com a execução de civis por parte de combatentes pró-turcos na Síria, incluindo uma política curda, e condenaram a situação deflagrada após a incursão do Exército da Turquia.

As Forças Democráticas Sírias (FDS), controladas pelos curdos, informaram que ao menos nove civis foram “executados” como parte da invasão que a Turquia lançou na quarta-feira passada contra os antigos aliados dos Estados Unidos.

Entre as vítimas está Hevrin Khalaf, 35 anos, secretária-geral do Partido do Futuro sírio, que segundo as FDS foi retirada de seu automóvel e assassinada pelas forças sírias aliadas da Turquia.

“Consideramos que estes relatos são extremamente preocupantes, refletindo a desestabilização geral do nordeste da Síria desde o início das hostilidades”, declarou um funcionário do departamento americano de Estado.

“Condenamos nos termos mais enérgicos qualquer violência ou execução extrajudicial de civis ou prisioneiros, e estamos investigando estas circunstâncias”, disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

O secretario de Defesa, Mark Esper, declarou no domingo que não era possível confirmar a veracidade de um vídeo mostrando o assassinato de Khalaf, mas destacou que a execução de civis “é um crime de guerra”.

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As FDS lideraram a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico ao lado dos EUA, mas a Turquia os vincula aos separatistas curdos no país.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ordenou a operação militar após a retirada das tropas americanas da região.


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