A violência que causou a fuga de 700.000 rohingyas de Mianmar é imperdoável, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente americano, Mike Pence, à líder birmanesa, Aung San Suu Kyi, durante uma reunião em Singapura.

Em uma coletiva de imprensa, Pence condenou a “violência e as perseguições” que sofre a minoria muçulmana rohingya.

Pence afirmou que transmitiu a Aung San Suu Kyi estar “impaciente por conhecer os avanços para que os responsáveis por esses crimes respondam por seus atos”.

Na segunda-feira, em função desta situação, a Anistia Internacional retirou de Suu Kyi o prêmio de “embaixadora de consciência”, concedido em 2009, considerando que a também premiada com o Nobel da Paz “traiu os valores que uma vez defendeu”.

A Anistia Internacional denunciou as “múltiplas violações dos direitos humanos” observadas desde a chegada de Suu Kyi à liderança do governo birmanês, em 2016.

No final de 2017, mais de 700 mil rohingyas fugiram pela violência dos militares birmaneses e das milícias budistas e se refugiaram em Bangladesh, país vizinho, onde vivem desde então em imensos campos improvisados. A ONU se refere a um caso de “genocídio”.

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