NOVA YORK, 18 SET (ANSA) – O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou a proibição de novos downloads dos aplicativos chineses TikTok e WeChat a partir deste domingo (20). A decisão vem cerca de 45 dias depois de um decreto firmado por Donald Trump para exigir a venda dos aplicativos da ByteDance e da Tencent, respectivamente, no país.   

No entanto, o republicano pode revogar a medida, especialmente, no caso do aplicativo da ByteDance, que pode vender cerca de 20% das ações do TikTok para os norte-americanos da Oracle.   

“Sob a indicação do presidente, decidimos por uma ação significativa para combater o recolhimento maligno de dados pessoais dos norte-americanos por parte da China, promovendo ao mesmo tempo os nossos valores e as normas da democracia”, disse o secretário de Comércio, Wilbur Ross.   

Segundo o representante, o “Partido Comunista Chinês demonstrou que usa esses apps para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia norte-americana”.   

As medidas anunciadas, porém, são diferentes para os dois aplicativos com exceção da proibição de baixar os apps.   

Enquanto quem tiver o TikTok poderá continuar a manter o programa, mas terá restrição na atualização dele, as regras para o WeChat são mais amplas e impedem “qualquer provisão de hospedagem de internet que habilite o funcionamento ou otimização do app no território dos EUA”.   

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Caso a negociação com a Oracle não seja concluída, as regras mais duras valerão também para o app da ByteDance a partir de 12 de novembro.   

A “guerra” contra os apps chineses faz parte de uma política mais agressiva de Trump contra Pequim há meses. Além de voltar suas atenções para os aplicativos, o republicano também aprovou sanções contra a gigante de tecnologia Huawei, no campo econômico, e várias punições contra políticos e empresários por “violações” em Hong Kong, Tibete e na região de Xinjiang, no campo da política internacional.   

Além disso, a briga se estende pela diplomacia, com o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, que foi respondida com o encerramento das atividades diplomáticas dos norte-americanos no consulado de Chengdu. (ANSA).   


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