EUA avaliam deixar diplomatas deixarem China por conta de regras duras contra Covid

Policiais usam máscara do lado de fora da embaixada dos Estados Unidos em Pequim
Por Michael Martina
WASHINGTON (Reuters) – O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera autorizar saídas de diplomatas norte-americanos e de suas famílias da China, caso desejem deixar o país por conta da incapacidade do governo dos EUA em impedir que as autoridades chinesas os submetam a medidas intrusivas de controle da pandemia, informaram fontes à Reuters.
Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram que a embaixada norte-americana havia enviado na segunda-feira um aviso de desconexão formal a Washington, enquanto a China intensifica os protocolos de contenção da Covid-19 antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que acontecem em menos de duas semanas.
As fontes, que falaram à Reuters em condição de anonimato por conta da sensibilidade da questão, acrescentaram que alguns funcionários da embaixada estão chateados pois o governo norte-americano não está disposto, ou não é capaz, de tornar as autoridades norte-americanas isentas das medidas rígidas de quarentena.
As regras incluem possíveis internações forçadas em clínicas de Covid, com a separação de crianças.
O Departamento de Estado dos EUA disse à Reuters em nota na terça-feira que o status operacional em sua embaixada e consulados na China não havia mudado.
“Qualquer mudança em status de operação desta natureza seria fundamentada apenas na saúde e segurança dos nossos colegas e de seus membros familiares”, afirmou um porta-voz do departamento.
Em Pequim, um porta-voz do ministério disse que as medidas chinesas de combate à pandemia eram científicas e em conformidade com tratados diplomáticos.
Deixar a China pode aumentar as chances de infecção, afirmou o porta-voz, Zhao Lijian, em um briefing diário à imprensa.
Uma pessoa disse que a embaixada norte-americana conduziu uma pesquisa interna, que mostrou que 25% dos funcionários e membros familiares escolheriam deixar a China assim que possível.
A quarentena em casa para os diplomatas deveria ser uma requisição básica, e as admissões em clínicas chinesas e hospitais deveriam ser voluntárias, disse a fonte, acrescentando que o governo norte-americano deveria impor medidas de retaliação para tais requisições, mas não as tomou.
Uma segunda fonte disse que a liderança da embaixada fracassou em conseguir as garantias apropriadas da China sobre o tratamento de diplomatas norte-americanos durante a pandemia.
Nos primeiros meses da pandemia, o governo norte-americano retirou cerca de 1.300 diplomatas norte-americanos e seus familiares da China, e os dois governos permaneceram em um impasse por meses por conta de procedimentos de testes e quarentena para autoridades.
A China exige que diplomatas estrangeiros cumpram as regras de controle da pandemia, como quarentenas e testagens na chegada ao país, embora alguns enviados estrangeiros não tenham tido que entrar em hotéis designados pelo governo para quarentenas.
(Reportagem de Michael Martina)
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