Por Dave Sherwood e Matt Spetalnick

HAVANA/WASHINGTON (Reuters) – Autoridades do governo Biden estão considerando convidar um representante cubano para a Cúpula das Américas sediada pelos Estados Unidos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto, enquanto Washington busca impedir um boicote potencialmente embaraçoso por parte de alguns líderes regionais.

A discussão se concentra em permitir uma presença cubana na cúpula do próximo mês em Los Angeles abaixo do nível do presidente ou do ministro das Relações Exteriores do país, mas está em um estágio inicial e nenhuma decisão foi tomada, afirmou a fonte à Reuters nesta sexta-feira.

Assessores do presidente Joe Biden estavam avaliando a ideia conforme seu governo começou a enviar convites para a cúpula. Mas, por enquanto, autoridades dos EUA se recusaram a dizer quais países estavam na lista ou se os líderes de Cuba, Venezuela e Nicarágua seriam excluídos.

Um número crescente de líderes, incluindo o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, ameaçou não comparecer à cúpula a menos que todos os países da região possam participar.

A perspectiva de não comparecimentos à cúpula gera o risco de fracasso diplomático a Biden, cujos assessores esperam que a cúpula, realizada a cada três ou quatro anos, seja uma chance de reafirmar o compromisso de Washington com uma região onde o país é frequentemente acusado de negligenciar.

Não ficou claro se Cuba, governada pelos comunistas, que participou no nível de chefe de Estado das duas últimas cúpulas em 2015 e 2018 e criticou Washington pela condução da reunião de 6 a 10 de junho, aceitaria um convite em um nível inferior. A Associated Press informou pela primeira vez que a ideia estava sendo considerada.

A Casa Branca e a embaixada cubana em Washington não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

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