EUA aplica sanções para frear petróleo iraniano apesar de negociações sobre pacto nuclear

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (30) sanções contra sete empresas envolvidas na venda de petróleo iraniano, aumentando a pressão sobre Teerã apesar das novas conversas bilaterais sobre seu programa nuclear.

Segundo o governo americano, as sanções concentram-se em cinco companhias – quatro sediadas nos Emirados Árabes Unidos e uma na Turquia – que venderam produtos petroquímicos de origem iraniana para países terceiros, junto com duas empresas dedicadas ao transporte marítimo.

“Enquanto o Irã tentar gerar receitas com petróleo e produtos petroquímicos para financiar suas atividades desestabilizadoras e apoiar suas manobras terroristas e seus aliados, os Estados Unidos tomarão medidas para responsabilizar tanto o Irã como todos os seus parceiros envolvidos na violação das sanções” em vigor, declarou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, citado em um comunicado.

A medida é tomada logo após o Irã anunciar uma quarta rodada de diálogos com o governo do presidente Donald Trump no sábado, em Roma.

O Irã busca um alívio das sanções como parte de um novo acordo sobre seu controverso programa nuclear.

Steve Witkoff, amigo de Trump e enviado especial para assuntos na região, liderou as conversas e expressou otimismo sobre alcançar um acordo, em um momento em que se aponta que o republicano busca evitar um ataque de Israel contra as instalações nucleares iranianas.

Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump retirou unilateralmente seu país do acordo firmado junto a outras grandes potências, apesar de Teerã ter cumprido o disposto.

Em retaliação, o Irã aumentou significativamente suas reservas de materiais radioativos enriquecidos e enriquece urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido por esse pacto e aproximando-se dos 90% necessários para fabricar uma arma nuclear.

sct/aha/llu/val/ic/am