Washington divulgou, nesta sexta-feira (7), sanções contra 11 autoridades de Hong Kong, incluindo a chefe do Executivo, Carrie Lam, alegando ataque à autonomia do território, devido à polêmica lei de segurança imposta por Pequim na cidade.

“Os Estados Unidos apoiam o povo de Hong Kong e usaremos nossas ferramentas e autoridades para punir aqueles que minam sua autonomia”, declarou o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, em um comunicado.

A nova medida contra a ação do governo chinês em Hong Kong é a mais significativa desde que a nova lei de segurança foi implementada.

Na prática, congela os ativos de Lam e dos outros sancionados nos Estados Unidos e proíbe transações financeiras com eles a partir do país.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a decisão dos Estados Unidos foi motivada porque Pequim violou a promessa de autonomia de Hong Kong, feita antes da devolução pelo Reino Unido do território em 1997.

“As ações de hoje enviam uma mensagem clara de que as ações das autoridades de Hong Kong são inaceitáveis e violam os compromissos da República Popular da China sob ‘um país, dois sistemas’ e a Declaração Conjunta Sino-Britânica, um tratado registrado da ONU”, afirmou Pompeo.

O Departamento do Tesouro disse que Lam, como chefe do Executivo de Hong Kong, “é diretamente responsável pela implementação da política de repressão da liberdade e dos processos democráticos de Pequim”.

Entre os outros sancionados estão Chris Tang, comissário da Força Policial de Hong Kong, e Luo Huining, diretor do Escritório de Ligação, uma pasta de Pequim na cidade.