Os Estados Unidos avaliaram, nesta segunda-feira (7), que ainda ainda é possível pôr um fim no golpe de Estado no Níger pela via diplomática, depois que o exército ignorou um ultimato para restabelecer a ordem constitucional.

“Definitivamente, a janela de oportunidade segue aberta. Acreditamos que a junta deve se afastar e deixar que o presidente (Mohamed) Bazou retorne às suas funções”, disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) havia dado um ultimato aos militares para que devolvessem o poder a Bazoum, preso desde o golpe de Estado de 26 de julho, mas no domingo à noite o prazo expirou sem resposta.

Miller afirmou que a intervenção militar sempre foi um “último recurso” para a Cedeao e que os Estados Unidos estavam “centrados em encontrar uma solução diplomática”.

O porta-voz criticou o envio de uma delegação oficial do Mali e de Burkina Faso, dois países governados por militares, ao Níger.

“Se achássemos que enviam emissários para tentar restaurar a liderança democrática e a ordem constitucional, veríamos isso como algo produtivo e útil, mas duvido muito que esse seja o caso”, disse Miller.

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