O governo de Donald Trump anunciou uma nova série de sanções contra o Irã nesta sexta-feira (15), cinco dias antes de deixar a Casa Branca, exercendo até o fim uma “pressão máxima” que ameaça complicar a retomada do diálogo esperado por seu sucessor, Joe Biden.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, dirigiu-se ao setor naval, que já foi alvo de duras medidas desde junho contra a empresa estatal de navegação da República Islâmica do Irã (IRISL), por supostamente transportar produtos relacionados ao programa de mísseis balísticos de Teerã.

“Advertimos a indústria que aqueles que fazem negócios com a IRISL, suas subsidiárias ou outras entidades de navegação iranianas enfrentariam sanções. Hoje estamos sancionando sete entidades e dois indivíduos por isso”, disse Pompeo em nota.

O Departamento de Estado colocou empresas sediadas em Irã, China e Emirados Árabes Unidos na lista negra pelo transporte de materiais através da IRISL.

Pompeo também revelou uma série de medidas punitivas contra entidades iranianas acusadas de contribuir para a “proliferação” de armas convencionais no Oriente Médio: Organização das Indústrias Marinhas, Organização das Indústrias Aeroespaciais e Organização das Indústrias da Aviação do Irã.

Esta é uma medida simbólica, já que essas entidades já foram sancionadas pelos Estados Unidos por sua suposta participação no programa de armas de destruição em massa de Teerã.