Em comunicado conjunto assinado por Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul nesta quinta-feira, 25, as três nações alertaram para uma campanha global de ciberespionagem atrelada ao programa nuclear de Pyongyang, capital da Coreia do Norte.

A Nasa e a Aeronáutica americana estão entre as supostas vítimas dos hackers, que estariam a serviço da Coreia do Norte. O documento foi elaborado por FBI e NSA (Agência de Segurança Nacional) americanos, pelo Centro Nacional de Cibersegurança britânico e pelo Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul.

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Conhecidos por pesquisadores da área de cibersegurança como Anadriel ou APT 45, o grupo seria um braço da agência de espionagem de Pyongyang.

Segundo o comunicado, esses hackers têm mirado sistemas de computadores de empresas de defesa e engenharia, incluindo fabricantes de tanques, submarinos, navios, caças, mísseis e sistemas de radar — em alguns casos, com sucesso.

Uma das vítimas do grupo teria sido a agência espacial Nasa — de quem teriam sido roubados 17 gigabytes em dados –, além do próprio FBI e do Departamento americano de Justiça, bem como as bases aéreas militares de Randolph, no Texas, e de Robins, na Geórgia.

EUA, Reino Unido e Coreia do Sul afirmam no documento que “o grupo e as técnicas cibernéticas continuam a representar uma ameaça contínua para vários setores da indústria em todo o mundo”.

Como os hackers agem

O FBI disse que o grupo explora vulnerabilidades em softwares para lançar ciberataques, por meio de malwares e phishings, para ganhar acesso a dados e informações sigilosas.

O órgão de inteligência instou as empresas envolvidas nos setores de defesa, aeroespacial, nuclear e de engenharia a “continuarem vigilantes na defesa de suas redes contra ciber-operações patrocinadas pela Coreia do Norte”.