13/09/2024 - 20:23
A Rússia “participa de operações destinadas a desestabilizar o governo da Argentina e aumentar a tensão entre o país sul-americano e seus vizinhos”, afirmou o Departamento de Estado americano nesta sexta-feira (13).
Washington considera que o governo do presidente Vladimir Putin colocará em prática essas ações por meio do veículo de comunicação russo “RT, de suas filiais e de sua estratégia encoberta”.
O Departamento de Estado citou a Argentina como exemplo de “atividade de influência encoberta” do RT no mundo. Também mencionou as plataformas African Stream e Red, esta última com sede em Berlim, bem como a contratação de um jornalista baseado em Paris para “liderar projetos de influência dirigidos a francófonos”.
“Sabemos que, por mais de dois anos, o RT aproveitou seu amplo financiamento estatal para recrutar e pagar de forma encoberta personalidades das redes sociais e fornecer-lhes conteúdo”, apontou o Departamento. Os funcionários do RT “usam táticas de inteligência, empresas de fachada e tecnologias de rede para ocultar seu papel nessas atividades”, acrescentou o governo americano, ressaltando que o RT “deixou de ser apenas um meio de comunicação”.
Segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, o veículo é “um braço de fato da máquina de inteligência russa”. “Sabemos que o RT possui capacidades cibernéticas e participou de operações encobertas de influência de informação e aquisição de material militar.”
Autoridades americanas anunciaram no começo do mês uma série de medidas, incluindo possíveis processos criminais e sanções, contra o veículo russo, entre outros, por supostas tentativas de interferência nas eleições americanas de novembro.
O Departamento de Estado impôs restrições de visto ao grupo de mídia ao qual pertence o RT, Rossia Segodnia, e a outras filiais da empresa. “O RT e seus funcionários, incluindo a redatora-chefe, Margarita Simonián, coordenaram-se diretamente com o Kremlin para apoiar os esforços do governo russo para influenciar as eleições moldávias de outubro de 2024”, afirmam os Estados Unidos.
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