A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) anunciou, nesta quinta-feira (11), a abertura de uma investigação sobre o controle de qualidade da Boeing, depois do incidente quase catastrófico da semana passada envolvendo um 737 MAX operado pela Alaska Airlines.

“Este incidente nunca deveria ter acontecido e não pode voltar a acontecer”, disse a FAA em um comunicado, depois que um painel conhecido como “tampão de porta” soltou da fuselagem quando o avião sobrevoava o estado do Oregon, no oeste dos Estados Unidos.

A aeronave da Alaska Airlines executou com sucesso uma aterrissagem de emergência sem vítimas fatais nem feridos graves.

Desde então, a agência reguladora americana imobilizou em terra 171 aviões 737 MAX 9 com a mesma configuração da aeronave envolvida no incidente da última sexta-feira.

A FAA disse nesta quinta que está “abrindo uma investigação para determinar se a Boeing não conseguiu garantir que os produtos acabados atendiam ao projeto aprovado e estavam aptos para operação segura de acordo com os regulamentos da FAA”.

“As práticas de fabricação da Boeing devem atender aos mais altos padrões de segurança aos quais estão legalmente sujeitas”, acrescentou a FAA em comunicado.

O órgão acrescentou que a segurança, mais do que a velocidade, decidiria o cronograma para o 737 MAX voltar a voar.

No início desta semana, o diretor-executivo da Boeing, Dave Calhoun, assumiu a responsabilidade da empresa pelo incidente e prometeu “completa transparência”, no momento em que a gigante da aviação tenta sair de sua última crise.

Os investigadores da Junta Nacional de Segurança no Transporte sugerem que a peça envolvida no incidente não estava fixada da forma adequada.

Tanto a United Airlines quanto a Alaska Airlines informaram que encontrado hardware solto em alguns de seus aviões Boeing 737 MAX 9 durante as inspeções preliminares que vêm sendo realizadas desde a sexta-feira.

bys/des/dg/rpr/mvv

BOEING