“A partir do início [da vacinação], com duas, seis ou oito milhões de doses já em janeiro, nós vamos nos tornar o segundo ou o primeiro, talvez atrás dos Estados Unidos, país que mais vacinou no mundo. E quando entrarmos em fevereiro, com a nossa produção em larga escala e o nosso PNI (Programa Nacional de Imunização), que tem 45 anos, nós vamos ultrapassar todo mundo, inclusive os Estados Unidos”.

A mentira acima – sim, mentira. Não era e nem nunca foi uma previsão possível, muito menos razoável de se fazer – foi contada pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pesadelo, digo Pazuello, em 21 de janeiro passado, com a aquiescência cúmplice e mentirosa do chefe Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina. Hoje, 16 de março, os EUA aplicaram 110 milhões de doses. O Brasil, 10 milhões; onze vezes menos.

Pesadelo, mais recentemente, prometeu, para até o final de março, 46 milhões de doses de vacinas. Depois, passou para 38 milhões. Em seguida, para 35 milhões. Reduziu para 28 milhões. Em nova redução, garantiu de 22 milhões a 25 milhões de doses. Caminhamos para o fim do mês e… nada! Nadica de nada. Apenas mentiras e mais mentiras de um governo que se especializou em enganar a população.

Estamos próximos a 300 mil mortos. Apenas na semana passada, mais de 12 mil vidas se foram. Neste ritmo, em mais três ou quatro meses, chegaremos a inimagináveis 500 mil; meio milhão de cadáveres. Quantos destes não entraram e não entrarão na conta dos homicidas Bolsonaro e Pazuello? Lembrando sempre: homicida é adjetivo que indica “quem acarreta ou pode acarretar a morte de muitas pessoas”.

O Brasil e o mundo têm – e terão! – a obrigação moral, humanitária eu diria, de processar e condenar estes dois maníacos do tratamento precoce, por seus crimes (em tese) contra a população brasileira e, por que não?, mundial – afinal, as novas variantes do coronavírus que surgiram no País já se encontram espalhadas planeta afora. Até lá, é imperativo o impeachment imediato do amigão do Queiroz.