Em uma série de tuítes postados apenas algumas horas após o tiroteio de Orlando, Donald Trump, o virtual candidato republicano à Casa Branca, defendeu que a tragédia reforça suas opiniões e declarou “ter razão” sobre o radicalismo islamita.

O magnata agradeceu às pessoas que o “cumprimentaram por ter razão sobre o terrorismo islamita radical”.

“Mas não quero cumprimentos, quero vigilância e rigor. Temos de ser inteligentes!”, escreveu no Twitter, disparando sua artilharia verbal para os democratas.

Trump acusou a administração do presidente Barack Obama de ser relutante a identificar terroristas como motivados pelo islamismo radical.

“Reportando que o atirador de Orlando gritou ‘Allah hu Akbar!’ enquanto matava as pessoas”, tuitou Trump, usando sua própria ortografia para o termo árabe “Deus é grande”.

“Em seu pronunciamento hoje, o presidente Obama se recusou, vergonhosamente, até mesmo a dizer as palavras ‘Islã radical’. Por essa única razão, ele deveria renunciar”, criticou.

“Se [a virtual candidata democrata à disputa pela Casa Branca] Hillary Clinton, depois desse ataque, ainda não consegue dizer as duas palavras ‘Islã radical’, então ela deve abandonar essa corrida pela presidência”, voltou a atacar.

“Se não conseguirmos ser duros e inteligentes muito rápido, nunca mais teremos um país”, insistiu.

“Porque nossos líderes são fracos, eu disse que isso ia acontecer… e só vai ficar pior”, afirmou.

“Estou tentando salvar vidas e evitar o próximo ataque terrorista. Não podemos mais ser politicamente corretos”, alertou.

Logo após o atentado de San Bernardino, na Califórnia, em dezembro passado, Trump garantiu que, se chegar à Presidência, proibirá todos os muçulmanos de entrar em território americano.

Hoje, porém, não voltou a defender a proibição, prometendo simplesmente que fará um discurso detalhado sobre Segurança Nacional nesta segunda-feira.

“O que aconteceu em Orlando é apenas o começo”, tuitou.

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