Rhys Thomas, diretor e comediante

Diretor e comediante, Rhys Thomas pode se considerar um especialista em Queen. Desde os dias da infância ouvindo os álbuns da banda inglesa graças ao gosto emprestado do pai até a feitura de documentários e DVDs da banda inglesa desde os anos 2000 – são sete, no total. Ele dirige A Night At The Opera, que será exibido nesta terça, 10, em algumas salas brasileiras.

Como começou a sua ligação afetiva com o Queen?

Ela cresceu enquanto eu também crescia. Lembro que meu pai amava a banda e ouvia sempre. Quando o Freddie (Mercury) morreu (em 1991), fiquei compulsivo. Foi a primeira estrela do rock que eu gostava e que havia morrido. Isso teve um efeito muito grande em mim. Desde aquela época, eu só queria saber da banda. Sempre fui obcecado.

Na década de 1990, era fácil ser fã do Queen quando o mundo pop só queria saber de grunge e britpop?

Foi uma época difícil (risos). O mundo só estava ligado nessas bandas, como Nirvana, Oasis, Blur. Todos amavam esses caras. E, de repente, não era mais cool amar o Queen.

E o que fez você manter o fanatismo sobre a banda tão ‘não cool’?

Acho que o Queen sempre teve uma ideia de se divertir com as canções. Não eram muito sérios. Eu, agora como comediante, faço isso na minha vida. Levo as situações com humor. O Queen também sabia fazer isso.

O lançamento de ‘Bohemian Rhapsody’ foi definidor para a história da banda?

Sem dúvida. É claro, como todas as grandes bandas, há gente que prefere os discos que vieram antes dessa canção. Outros curtem o que saiu depois. Eu gosto de todas as fases do grupo.

Até essa fase com o vocalista Adam Lambert?

Sem dúvida! Quero dizer, eles fazem questão de mostrar que Adam não está ocupando o lugar de ninguém. E ele canta como poucos, além de ter um carisma enorme. Foi uma boa jogada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.