Por Claudia Greco
PÁDUA, Itália (Reuters) – O apaixonado torcedor da Inter de Milão, Enrico Vanzini, foi ao estádio San Siro assistir seu time jogar pela primeira vez em 2022. Ele tinha 99 anos.
“Minha paixão começou quando eu tinha sete anos… nunca pude ir e não tinha dinheiro”, disse Vanzini, agora com 100 anos, à Reuters.
Sobrevivente do Holocausto, Vanzini agora está ansioso pelo confronto das semifinais da Liga dos Campeões na quarta-feira contra o Milan, rival da cidade, e acompanhará a partida de ida no conforto de sua casa de repouso na cidade de Pádua, no norte do país.
“Pedi a Deus para me dar a alegria da vitória da Inter e espero que Ele concorde”, disse ele, vestindo uma camisa do clube italiano com seu nome escrito nas costas.
“Eu faria qualquer coisa (por uma vitória), incluindo (abrir mão) da minha pequena pensão.”
Soldado do exército italiano durante a Segunda Guerra Mundial, Vanzini foi capturado pelos alemães como prisioneiro de guerra depois que a Itália se rendeu aos aliados em 1943 e sobreviveu aos meses finais do conflito no campo de concentração nazista de Dachau.
Ao voltar para casa, trabalhou como motorista de ônibus e caminhão.
Vanzini, que recebeu do clube uma camisa para marcar seu 100º aniversário, começou a testemunhar sobre suas experiências com o Holocausto no início dos anos 2000.
Ele admira o treinador da equipe, Simone Inzaghi, dizendo que cometeu “muito poucos erros”. Mas ele tem uma sugestão para ajudar o time a derrotar o Milan e chegar à primeira final da Liga dos Campeões desde 2010.
“No primeiro tempo, não podemos ficar muito cansados, todos devem estar em seus lugares”, disse ele.