Andréa Beltrão, Claudia Raia, Denise Fraga, Dira Paes, Fafá de Belém, Ingrid Guimarães, entre outras famosas, seja nas redes sociais ou ao dar entrevistas, já revelaram terem sofrido etarismo, que é discriminação e preconceito contra pessoas com idade avançada.

O etarismo é identificado dentro de padrões sociais, de beleza, no mercado de trabalho, com isso, muitas mulheres se sentem julgadas ao surgirem as primeiras rugas e cabelos brancos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório de 2021, estima-se que uma em cada duas pessoas pratique alguma atitude relacionada ao etarismo no mundo.

IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou tudo sobre o assunto. Confira!

“No dia a dia infelizmente é muito comum ouvirmos a frase: “Você não tem mais idade para isso”, ou evitar um caixa eletrônico onde um idoso está utilizando pois teoricamente irá demorar. A taxa de contratação de idosos para o mercado de trabalho é extremamente baixa. O estereótipo de que a idade é um problema afeta muito a vida dos idosos, o medo de falhar e ser julgado faz com que eles se afastem do convívio social, gerando tristeza e depressão”, começou a profissional.

“Etarismo, idadismo ou ageísmo são usados para definir o preconceito em relação a idade avançada dos indivíduos, se refere aos estereótipos (como pensamos), preconceito (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) em relação aos idosos. O etarismo está relacionado com a capacidade do ser humano em tomar decisões, atividades profissionais e realizar tarefas rotineiras. É muito comum, por exemplo, tratar os idosos como uma criança, como se reafirmasse um retrocesso no desempenho cognitivo, intelectual e social. O idoso é tão capaz de viver independente como qualquer outro cidadão”.

“Com o aumento da expectativa de vida da população como um todo, devemos criar uma melhor conscientização nas pessoas, e um respeito maior pelo idoso, por seu conhecimento e experiencia adquirida pela vivencia que teve. Negar o envelhecimento de outras pessoas é negar a própria vida, pois haverá o mesmo processo de envelhecer para todos, devemos semear o respeito e a consideração, pois iremos colher, ensinando nossos filhos a não vincular a idade com a capacidade, trabalhando sempre a inclusão e o amor ao próximo”, finalizou Priscila Gasparini.