São Paulo, 28 – A fatia da produção de etanol de milho na oferta total do biocombustível do País, entre 4% e 5% atualmente, deve chegar a 8% em 2020 e atingir até 20% em 2028, segundo estimativas de representantes do setor presentes na 19ª Conferência Internacional Datagro Sobre Açúcar e Etanol. A oferta do biocombustível do cereal deve superar 2 bilhões de litros em 2019 e chegar a 8 bilhões de litros daqui a nove anos.

Segundo Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Mato Grosso deve se consolidar como o maior produtor brasileiro de biocombustível a partir desse grão. O avanço acompanhará o aumento da produção do cereal, de 31 milhões de toneladas na última safra, para 52,2 milhões de toneladas em 2028. “Acreditamos que o milho será a maior cultura de grãos em Mato Grosso com a produção deve ser crescente nos próximos anos”, disse.

Mato Grosso tem 12 usinas produtoras de etanol, sete exclusivamente de cana, três que usam cana e milho e duas apenas de milho. Segundo Silvio Pereira Rangel, presidente Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT), cinco novas usinas exclusivas de milho serão inauguradas até 2021 e unidades de grupos tradicionais de cana, como a Barrálcool e a Itamarati devem ser transformadas para processar também o grão.