A Esplanada dos Ministérios, palco de atos violentos de manifestantes e policiais em protestos ao longo do ano, teve uma manhã sem carro e concentrações populares nas primeiras horas da greve nacional organizada pelas centrais sindicais.

A Polícia Militar fechou o acesso da Esplanada para carros. A organização da greve, por sua vez, não convocou até o momento grandes atos para a área. O esvaziamento ocorre especialmente pela paralisação dos sindicatos do sistema de ônibus e metrô de Brasília.

Estão sendo feitos piquetes com números pequenos de servidores e militantes em parte dos prédios. “Nosso movimento é descentralizado. Desta vez, resolvemos não fazer grandes atos aqui”, afirmou a aposentada Iraides Estacione, que passou a manhã em frente ao Ministério do Planejamento. Ali perto, uma caixa de som divulgava comunicados do movimento. “Não venham para o trabalho”, destacava uma das mensagens.

As únicas marcas de confronto e vandalismo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, são do protesto de 24 de maio. Tapumes de madeirite ainda estão no lugar das vidraças quebradas por manifestantes no mês passado.

Os prédios do Itamaraty e do Ministério da Defesa, atacados por manifestantes em maio, foram cercados com grades. Nos demais prédios, agentes da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar fazem a vigilância.

Em 28 de abril, mesmo com metroviários e rodoviários de braços cruzados com a greve nacional daquele dia, os movimentos sociais arriscaram realizar um grande ato na Esplanada. O resultado foi pífio. Apenas 3 mil pessoas compareceram, nas contas da Polícia Militar. Os organizadores disseram que foram 10 mil, número também inexpressivo para o principal palco de manifestações da capital.

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