As minas de carvão australianas podem ter subestimado significantemente as emissões históricas de metano, segundo uma análise deste potente gás de efeito de estufa publicada nesta terça-feira (15).
O centro de estudos sobre energia Ember usa imagens de satélite para calcular as emissões de metano de diversas minas de carvão australianas.
Segundo os pesquisadores da Ember, em 2020, essas minas liberaram 40% mais gás metano do que o relatado nas estimativas do governo australiano.
“As estimativas de satélite, incluindo a gerada para este relatório, apontam todas para a mesma conclusão: há uma lacuna significativa entre as emissões reportadas e as estimativas” baseadas em imagens de satélite, disse Sarah Shannon, analista da Ember.
O metano se acumula em depósitos subterrâneos de carvão antes de ser liberado para o exterior quando os mineradores escavam o solo.
As minas de carvão são uma importante fonte mundial de emissões de metano, segundo a Agência Internacional de Energia.
Mas cientistas apontaram discrepâncias significativas entre as estimativas globais de efeito estufa e o que realmente é emitido.
Segundo a Nasa, as concentrações atmosféricas de metano dobraram em 200 anos, contribuindo para o aumento das temperaturas globais.
Embora seja muito menos abundante na atmosfera do que o dióxido de carbono, o metano é cerca de 80 vezes mais potente em um prazo de 20 anos no que se refere ao aquecimento global.
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