MILÃO, 20 MAR (ANSA) – Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lübeck, na Alemanha, recriou em 3D a arquitetura da principal protease do novo coronavírus (Sars-CoV-2), usando um aparelho de raio-X conhecido como Bessy II. O estudo publicado na revista Science revela que a proteína está envolvida diretamente na reprodução do vírus. Com a descoberta, no entanto, uma análise dessa arquitetura pode permitir o desenvolvimento de medicamentos que inibem justamente a proliferação do microrganismo. A abordagem, considerada promissora na luta contra o avanço do novo coronavírus, é tida como útil para barrar sua reprodução.   

Desta forma, ao conhecer sua estrutura, os pesquisadores conseguem localizar os “pontos de ataque” para testar as substâncias em desenvolvimento. Segundo os cientistas, a arquitetura 3D fornece pontos de partida concretos para o desenvolvimento de medicamentos ativos ou inibidores. Estes pesquisadores alemães já desenvolveram um inibidor contra o vírus da SARS durante a pandemia de 2003. Em 2016, eles conseguiram também decifrar uma enzima do vírus Zika.   

Até o momento, a Covid-19 já provocou a morte de mais de 10 mil pessoas em todo o mundo. (ANSA)