São Paulo, 19 – Estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o cultivo do abacaxi pode gerar riqueza e distribuição de renda, e ainda atender às necessidades do consumidor final. A partir de análise do cenário produtivo da fruta no País, o levantamento da Conab indica que o abacaxi, natural ou processado, também tem potencial para ocupar espaço no mercado internacional.

Segundo a Conab, o abacaxi é cultivado em praticamente todo o território nacional. No período analisado, de 2012 a 2018, o Brasil produziu cerca de 11,9 bilhões de frutos, com Nordeste, Norte e Sudeste como as principais regiões produtoras.

No Norte, a produção concentra-se no Pará, responsável pela colheita de 68,2% do volume nacional no período. O crescimento de cerca de 35% ocorreu, principalmente, em razão do aumento da área de plantio (77%).

Na sequência, Amazonas e Tocantins representaram 14,76% e 10,33%, respectivamente, do total produzido na região. Enquanto no Amazonas houve redução de área (36,6%) e aumento de rendimento (56,13%), no Tocantins ocorreu o inverso: aumento de 126,84% na área e diminuição de 10,95% no rendimento.

No Nordeste, a Paraíba representou 51,49% do total produzido no período do levantamento, com aumento de 11% na área de plantio, enquanto Bahia e Rio Grande do Norte colheram 15,73% e 14,04% da produção regional de abacaxi – nesses Estados, houve redução de área.

Na Bahia, o rendimento diminuiu cerca de 68%. A estiagem na região nordestina se refletiu negativamente (-3,36%) no cultivo regional.

Além do potencial produtivo, o estudo traz também informações sobre o custo de produção e a comercialização da fruta no mercado interno e para exportação.