Recentemente identificada, a nova variante Ômicron pode ter um potencial de reinfecção três vezes maior do que as cepas anteriores. A informação foi divulgada por cientistas da África do Sul que realizaram um estudo preliminar com a nova variante do coronavírus.

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Segundo Juliet Pulliam, do Centro Sul-Africano para Modelagem e Análise Epidemiológica, e Harry Moultrie, do Centro Nacional de Doenças Transmissíveis,  o estudo identificou o potencial da Ômicron de escapara da imunidade de infecções anteriores.

A descoberta foi feita após a coleta de dados pelo sistema de saúde da África do Sul, analisando aproximadamente 2,8 milhões de infecções pelo coronavírus. Os números apontaram que com a nova mutação do vírus houve um crescimento exponencial de reinfecções.

“O perfil de risco de reinfecção da Ômicron é substancialmente maior do que o associado às variantes beta e delta durante a segunda e terceira ondas, com o número de reinfecções caindo muito além dos intervalos de previsão”, escreveram Pulliam e Moultrie. “Nossa prioridade mais urgente agora é quantificar a extensão do escape imunológico da Ômicron para imunidade natural e derivada da vacina, bem como sua transmissibilidade em relação a outras variantes e impacto na gravidade da doença.”

Vale lembrar que o país africano informou sobre a nova cepa no último dia 25 de novembro após disparada no número de casos de Covid-19. O número de contágio já ultrapassou os 11 mil na última quinta-feira (2), o que há cerca de 15 dias registrava 585 casos.

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“Este vírus pode ser semelhante ao delta em sua capacidade de se espalhar ou ser contagioso”, disse Anne von Gottberg, microbiologista clínica do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul, em entrevista coletiva. “No entanto, é a suscetibilidade da população que é maior agora porque a infecção anterior costumava proteger contra a delta e agora, com a ômicron, não parece ser o caso.”


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