Os Estúdios Flow demitiram nesta terça-feira (08), de maneira oficial, o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, do Flow Podcast, após o youtuber defender na noite dessa segunda-feira (7) a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira, contrariando princípios básicos da Constituição, como a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

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Na publicação, feita no perfil do Instagram, os Estúdios Flow afirmaram que sempre trataram de assunto sensíveis e polêmicos dentro de um debate aberto.

“Reforçamos o nosso compromisso com a democracia e os direitos humanos. Assim, o episódio 545 do Flow Podcast foi tirado do ar em todas as plataformas. Comunicamos também a decisão de que, a partir deste momento, o youtuber Bruno Aiub (@Monark), está desligado dos Estúdios Flow. Esta decisão foi tomada em conformidade com o que determinam todos os preceitos de boa prática, visão e missão dos Estúdios Flow. Lamentamos profundamente o episódio ocorrido.”

O comunicado finaliza pedindo desculpa à comunidade judaica.

https://www.instagram.com/p/CZumkeZJycX/

 O caso

No sábado, o apresentador Monark defendeu a existência de um partido nazista durante uma entrevista com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

Prontamente, a parlamentar rebateu o comentário de Monark e citou o holocausto na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, período marcado pelo extermínio de mais de 6 milhões de judeus.

No entanto, Kataguiri questionou o porquê dos defensores do comunismo terem mais espaço na mídia do que defensores do nazismo. Também ressaltou que “a gente não tem um partido formal fascista ou nazista com espaço no parlamento e na imprensa”.

Nesse momento, Monark afirmou que a organização formal de um partido nazista estaria amparada pela liberdade de expressão. O que foi novamente rebatido por Tabata ao afirmar que tal liberdade coloca em risco a vida da população judaica.

Contudo, o apresentador disse: “Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser”. E finalizou ao afirmar que esse tipo de questionamento é válido.