Uma estudante de veterinária precisou amputar uma das pernas depois de ter sido prensada contra uma cerca por um boi de mais de 600 km no sítio em que mora, em Sorocaba, no interior de São Paulo. As informações são do G1.

O acidente aconteceu no dia 21 de maio, quando Rafaela Nardi, de 27 anos, estava colocando o boi em uma carreta de transporte para levá-lo a um comprador. O animal se virou e tentou sair do corredor utilizado para fazê-lo entrar na cabine. A jovem não conseguiu liberar o caminho a tempo e acabou sendo atingida.

“Ele bateu o chifre na minha coxa direita e eu fiquei em cima dele. Daí, ele andou mais um pedaço e eu caí. Fiquei presa com ele no corredor, empurrei a porta e ele saiu me arrastando”, conta Rafaela.

A estudante disse que o boi ainda se aproximou dela várias vezes depois do acidente, mas sem a intenção de atacá-la.

“É um boi muito manso, e nós o chamamos de Nego. Fiquei sentada no chão, porque não conseguia levantar. Meu joelho estava totalmente fora do lugar. Ele vinha para perto de mim, eu chamava o nome dele e ele parava encostado na minha mão. Foi assim até minha irmã e meu namorado chegarem”, relembra.

Ela foi levada até o Pronto Atendimento pela família e depois transferida para o setor de ortopedia da Santa Casa de Sorocaba. Durante o período em que ficou internada, ela passou por vários procedimentos e cirurgias, mas a equipe médica não conseguiu salvar sua perna, que precisou ser amputada acima do joelho.

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“A única opção era amputar e eu não questionei. Só perguntei ao médico se acabaria a dor que eu estava sentindo. Sei como a medicina é mais avançada hoje e, por isso, fiquei mais calma”, disse a estudante.

O acidente de Rafaela sensibilizou amigos e parentes, que conseguiram arrecadar R$ 12 mil em uma campanha para comprar uma prótese para ela.

“Nunca imaginei que isso iria acontecer comigo, mas estou me recuperando bem. Agradeço por estar viva. Não sabia da vaquinha, só me contaram quando saí do hospital”, diz Rafaela, que teve alta no dia 31 de maio.

Agora, a jovem irá retirar os pontos da cirurgia e iniciar as sessões de fisioterapia e de adaptação para colocar a prótese.


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