Imagens racistas compartilhadas em uma rede social revoltaram alunos da Universidade Católica de Santos, no litoral paulista. Os “memes” foram divulgados por um aluno do curso de Direito de direito da Instituição. O estudante afirma que não é racista e não foi bem interpretado, conforme apuração do G1.

Uma das imagens causou indignação por representar o DNA de um negro com uma corrente. Além disso, a mesma representação mostra a cena da morte de George Floyd, na qual o norte-americano após a morte agradece “por ter morrido e virado branco”.

ReproduçãoSegundos os alunos, as imagens foram publicadas pelo estudante no status do WhatsApp. Outra imagem compartilhada mostra uma mensagem que diz “quem luta contra o racismo não precisa ser negro, e sim burro”.Outros alunos que tinham convívio com o autor das postagens perguntaram a ele para confirmar a autoria das publicações.

“Começamos a conversar e eu falei que estava decepcionada. Falei que ele me odiava, que odiava a minha raça e comecei a falar tudo o que eu sentia. Falei que não estava acreditando naquilo, questionei como ele poderia ser assim. Em momento algum ele pediu desculpas, de, poxa, ‘não foi minha intenção te machucar’ ou alguma coisa assim”, relata uma estudante que preferiu não se identificar.

Em nota, a Atlética de Direito da universidade repudiou as publicações e acionou a reitoria da instituição.

Nota na íntegra:

“Chegou ao conhecimento da Associação Atlética Acadêmica Alexandre de Gusmão, algumas postagens de ódio que estão sendo feitas por um aluno da Universidade Católica de Santos.

Dessa forma, como representantes e também alunos da faculdade de Direito Unisantos, informamos que entramos em contato com a Reitoria da Universidade para que as devidas providências sejam tomadas.

Com isso, temos o dever de vir comunicar a vocês que:

Nós, da Atlética Direito Santos repudiamos todo e qualquer tipo de preconceito – seja ele remetido à cor, religião ou qualquer outro que venha a ofender ou ameaçar a integridade física e/ou moral do ser humano.

Estamos à disposição para ajudar no que for preciso para combater esse tipo de pensamento, atitude e ideal completamente repugnantes.

Esperamos, sinceramente, que a justiça seja feita e que este e tantos outros responsáveis por atos preconceituosos paguem por cada palavra e desrespeito”.

Ao portal, a assessoria da faculdade disse que está apurando o ocorrido e que pretende tomar as medidas necessárias, mesmo o com o episódio acontecendo fora do ambiente escolar. O caso também foi encaminhado por um professor da universidade, que é promotor, a Secretaria de Promotoria de Justiça Criminal e de Direitos Humanos Público.