Don Marx, 27, um estudante de biologia marinha da Cidade do Cabo, capital da África do Sul, fotografou um peixe com um parasita no lugar da língua. Mas, ao enviar a foto para um professor de zoologia, descobriu que a espécie na boca do hospedeiro ainda era desconhecida pela ciência. As informações são do R7.

Na verdade, o parasita, popularmente conhecido como peixe-comedor-de-língua, de peixe não tem nada. Ele é um crustáceo, que começa a vida como macho e fica dessa forma até identificar uma oportunidade para colocar o plano de simbiose em prática. Marx explicou no Facebook: “Eles encontram um peixe hospedeiro e entram pelas guelras”, explicou, “se prendem aos arcos das guelras, até que tenham idade suficiente para mudar para o gênero feminino.”

Como fêmea, a situação muda ainda mais: “Ela se move para a língua, onde morde e interrompe a circulação sanguínea, fazendo com que se desintegre”. Todo esse esforço tem uma recompensa: o parasita substitui a função da língua do peixe e sobrevive do sangue e da mucosa do hospedeiro, ricos em nutrientes.

Na postagem, Marx ressaltou que a perda de sangue é insignificante para o peixe, que não sofre nenhum outro dano, além da língua decepada. “O piolho morre quando o peixe morre, então não é vantagem evolutiva o parasita matar o hospedeiro”, acrescentou. “Portanto, para que ambas as espécies completem seus ciclos de vida, um relacionamento saudável é mantido.”


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