No domingo (8), houve um curto-circuito na rede de média tensão e isso fez com que parte da Cidade Universitária ficasse sem luz até segunda-feira (9). A estudante de Ciência Moleculares da Universidade de São Paulo (USP) Halley Becegato, de 25 anos, relatou no Twitter uma tentativa de estupro. As informações são da Universa.

https://twitter.com/reileinb/status/1523421447015714816

No seu perfil do Twitter, Halley informou que mora no Conjunto Residencial da USP (Crusp) e, por conta da falta de energia, teve de ir ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) para realizar as suas atividades.

“Aqui (Crusp) não moram só alunos comuns, mas também mães e crianças que tiveram que se virar para se alimentar e sobreviver hoje, assim como os funcionários. Nem o bandejão nos deu nenhuma refeição hoje.”

“Por conta disso, fui obrigada a ir pro IAG, pois precisava trabalhar, tentar comer algo e carregar meu celular. Saí do instituto exatamente às 18h15, quando já havia anoitecido, céu fechado. Quando reparo, a Universidade inteira estava sem energia elétrica”, relatou.

https://twitter.com/reileinb/status/1523424731004686337?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1523424731004686337%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.uol.com.br%2Funiversa%2Fnoticias%2Fredacao%2F2022%2F05%2F10%2Faluna-tentativa-estupro-usp.htm

Então, ela usou o seu celular para iluminar o caminho. Nesse momento, Halley sentiu alguém se aproximando e resolveu guardar o aparelho.

“Enquanto passava entre os bancos, um homem saiu de algum lugar e quando percebeu que eu era uma mulher começou a me assediar. Disse para aproveitarmos o escuro, que ninguém ia ver, para eu sentir o p*u dele. Minha única reação foi correr o máximo que eu pude na direção da Praça do Relógio, tentar fugir ou alcançar algo pra me defender. Consegui escapar, mas ainda estou em pânico.”

https://twitter.com/reileinb/status/1523426542776307714?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1523426545427415040%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es2_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.uol.com.br%2Funiversa%2Fnoticias%2Fredacao%2F2022%2F05%2F10%2Faluna-tentativa-estupro-usp.htm

A estudante ressaltou que, por conta da falta de luz, não conseguiu ver as características do homem. Porém se lembra do seu tom de voz.

Ela frisou que, após o ocorrido, não conseguiu encontrar os guardas da universidade ou a Polícia Militar para relatar o caso.

“Não é a primeira vez que nos deixam sem luz aos finais de semana. A USP não liga pra gente, nos trata como se estivesse nos fazendo favor e esquece que quem faz essa merda de universidade existir é funcionar é a gente. As pessoas que eles humilham todos os dias. Por hoje eu saí viva, mas até quando vou ter que correr pela minha vida?”, finalizou a sua publicação no Twitter.

O que diz a USP

A Universa entrou em contato com a Universidade de São Paulo (USP) e, por meio de nota, foi informada que “a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento e a Superintendência de Prevenção e Proteção Universitária estão em contato com a estudante para averiguar a suposta tentativa de estupro vivenciada no campus no último domingo.”

A instituição ressaltou que não há nenhum registro do caso na Guarda Universitária .

“Tomamos ciência do episódio e repudiamos veementemente esse tipo de ocorrência no campus. Com a nova Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, nosso objetivo é implementar melhorias nas ações que garantam a integridade física e psicológica dos alunos”, comentou a pró-reitora Ana Lúcia Duarte Lanna.