A evolução de Kevin De Bruyne durante a sua trajetória no futebol poderia facilmente ser comparada ao tempo de um bom vinho, quanto mais velho melhor. Aos 31 anos, o meia belga chega para Copa do Mundo do Catar como protagonista dos diabos vermelhos, posto este que era dividido com Eden Hazard em 2018, no mundial da Rússia.
Frequentemente elogiado por Pep Guardiola no Manchester City, Kevin tem se superado e atingiu sua melhor performance em números na última temporada 2021/22, quando os Cityzens conquistaram o quarto título da Premier League nas últimas cinco disputadas. O belga foi eleito melhor jogador do Campeonato Inglês pela segunda temporada consecutiva, além de anotar 15 gols e oito assistências na competição.
“Jogador brilhante de grande classe, um dos melhores que já treinei na minha vida”, disse Guardiola em documentário do City dedicado ao jogador belga.
Para completar o pacote, De Bruyne ficou em terceiro lugar no prêmio “Bola de Ouro” deste ano, que elege o melhor jogador do mundo pela revista francesa France Football. O jogador do City só ficou atrás de Karin Benzema e Sadio Mané.
Por vezes introspectivo na frente das câmeras, a personalidade do craque belga parece mudar quando ele entra em campo. De poucas palavras nas entrevistas, mas brincalhão com os companheiros de clube e seleção, o camisa 17 do City poderia facilmente usar o número 10 pela capacidade técnica com a bola, além da habilidade de achar passes na medida.
Assim como no clube inglês, Kevin costuma dominar as ações e ser o construtor de boa parte das jogadas da Bélgica. Outra qualidade do jogador é o seu chute, apesar de ser destro, o belga também finaliza bem com a perna esquerda.
Outro ponto que costuma deixar o craque belga bastante a vontade é a presença da esposa, Michele Lacroix, e os dois filhos do casal. É comum ver De Bruyne acompanhado do trio nos treinamentos do City, além das premiações nas quais o jogador é selecionado.
Terceira Copa do Mundo
Mais experiente e letal do que o jovem Kevin de 2014, no Brasil, e o carrasco da Seleção Brasileira em 2018, na Rússia, o jogador tem a missão de ser a liderança técnica da equipe de Roberto Martínez, além de ser o capitão do time. Se pelo City o belga é multicampeão, pelos Diabos Vermelhos ainda falta um título de expressão.
Integrante da chamada “geração belga”, que produziu uma série de jogadores de expressão, Kevin vestiu 93 vezes a camisa da Bélgica, marcou 25 gols e deu 46 assistências. Números significativos, mas que ainda carecem de uma conquista para marcar o nome De Bruyne na história do país.