Marcado pelas suas interpretações nos folhetins da Globo nos anos 2000, o ator Leonardo Miggiorin, 42, vai estrear a primeira novela da rede de streaming Max, “Beleza Fatal’, ao lado de nomes como Camila Pitanga, Camila Queiroz e Giovanna Antonelli.

Formado em psicologia, Leonardo aposta em diversas áreas da atuação, como teatro e filmes, e também se arrisca como professor universitário e escritor nas horas vagas.

Em entrevista exclusiva ao site IstoÉ Gente, ele contou um pouco da sua vasta experiência na TV e sobre alguns projetos futuros – entre eles, o lançamento de um livro infantil e a direção de um curta-metragem.

Sobre a pressão de gravar um projeto inédito para a Max, Miggiorin comparou a experiência a estar na Globo e afirmou que por estar ao lado de velhos colegas, decidiu “se jogar” no personagem, Rafuda.

“Me senti em casa. Mas com certeza, um novo formato, uma nova proposta. Parecia que eu estava na Globo, né? Só que não nos estúdios Globo, mas nas externas. Não é muito diferente de um set de cinema, ‘dum’ set de TV”, declarou. “Eu me joguei para agarrar com unhas e dentes. Então é impactante para mim, eu espero que eles gostem, que os diretores gostem”, finalizou.

Sobre seu personagem na trama, Leonardo afirma que Rafuda é diferente de todos os papéis que já interpretou. Encarcerado, ele lidera uma fuga da prisão, local onde vai encontrar o Dr. Rog, representado por Marcelo Serrado. “É rápida até a minha participação, mas eu espero que seja marcante. O Rafael (idealizador da trama) falou que ficou muito feliz com a minha participação e que adorou assistir”.

Como ator, ele comentou sobre como os artistas têm que desapegar de “preconceitos”, se jogar e ter coragem, da mesma forma que fez com Rafuda: “Eu tive que usar um shortinho e top para gravar. Eu tenho tentado ser um pouco mais ousado na minha vida. E artisticamente, eu sinto que preciso disso”.

Novelas e TV

Miggiorin comenta que o fato de perder contrato com emissoras de televisão fez com que perdesse um pouco da autoestima, mas que isso o trouxe uma autonomia que não existia antes. “Eu não tinha mais um contrato com a TV, no entanto, as pessoas continuam me vendo na TV, com “Malhação”, “Cobras e Lagartos”, “Viver a Vida” e a “Terra Prometida” na Record. Perder contrato me fez também construir a minha empresa, construir meu jeito de fazer as coisas”. Ao final ele brincou dizendo que se a Globo o chamar, a mala já “está pronta”.

“Eu amo estar na TV, né? Eu adoro me ver lá e receber o carinho do público. Então, sim. Eu ‘tô’ muito feliz de voltar a gravar uma novela, né? A última que eu fiz foi em 2019 na Record, em Marrocos “Jezebel”. Novela tem um gostinho diferente”, explicou ela sobre a felicidade de voltar a fazer produções dramáticas, como em “Beleza Fatal”.

“É como um retorno às a minhas origens. É um lugar também muito importante para mim e na verdade, eu espero que as pessoas gostem, que eu consiga causar um impacto nas pessoas”.

Ele ainda negou ter se afastado dos folhetins: “Não fui eu que me afastei. Foram eles. Eu ‘tô’ aqui pronto o próximo convite, aqui pronto para próximo para próxima história a ser contada. Eu sinto que tem uma nova novela surgindo aí para o ano que vem. Então eu não me sinto afastado. Eu me sinto parte da história, que é um time muito grande, então é como se eu tivesse assim no banco de aquecimento aquecido para entrar”.

“Eu me diverti muito em Cobras e Lagartos. Mara Manzan, já falecida, mas que mora no meu coração. E “Presença de Anita”, foi uma mudança muito grande”, como suas novelas preferidas e Otniel, de “A Terra Prometida”, como personagem marcante: “Não tem como você também passar por um processo que mexe tanto com a história e com as questões religiosas e não saírem um pouco influenciado, né?”.

Projetos futuros

“Eu quero estar na TV, nos personagens,  no palco, no teatro, na internet. Uma estratégia para voltar para mídia é montar um canal no YouTube. Eu quero mostrar questões que são relevantes para a sociedade através dos personagens através da minha fala, né? Me colocar como uma apresentadora nesse nesse canal de comunicação, para que para continuar existindo no mundo”.

Além do curso “A Arte de Falar em Público”, uma espécie de workshop para ajudar tem dificuldade em se comunicar, o ator também está trabalhando em outras coisas: “Estou escrevendo um livro infanto juvenil, mas ele ainda não é um projeto pronto para ser lançado. Talvez no ano que vem eu consiga. Tem um curta-metragem que eu quero dirigir, e também uma peça de teatro, mas ainda são coisas que eu ‘tô’ planejando”.

*Estagiária sob supervisão