Estrangeiros poderão ter que pagar caução de até US$ 15 mil para entrar nos EUA

O Departamento de Estado revelou nesta segunda-feira (4) que um projeto-piloto prevê que estrangeiros de alguns países que solicitarem visto de turismo ou de negócios terão que pagar uma caução de até 15 mil dólares (R$ 82,6 mil), para entrar nos Estados Unidos.

O projeto faz parte de uma série de medidas drásticas que o presidente americano Donald Trump tomou desde que voltou ao poder em janeiro com o objetivo declarado de frear a imigração ilegal.

O republicano, de 79 anos, decidiu vetar ou restringir a entrada de cidadãos de 19 países que se encontram na África, têm população de maioria muçulmana ou são governados pela esquerda, como Cuba e Venezuela.

Além disso, ele bloqueou a solicitação de vistos para alguns estudantes.

A iniciativa piloto de pagar um depósito de entre 5 mil e 15 mil dólares (entre R$ 27,5 mil e R$ 82,6 mil) será publicada na terça-feira no registro federal e entrará em vigor 15 dias depois.

Trata-se de garantir que os solicitantes de visto não excedam o período autorizado de estadia nos Estados Unidos.

O projeto terá duração de 12 meses e se aplica tanto a vistos de negócios quanto de turismo, segundo o aviso do Departamento de Estado.

O viajante recuperará o dinheiro se cumprir as regras e o perderá se permanecer no país além do período permitido.

O programa se aplica a cidadãos de países identificados pelo Departamento de Estado com altas taxas de permanência além da data permitida ou em que o controle e verificação das informações “são considerados insuficientes”, diz o aviso.

Questionado pela AFP, o Departamento de Estado não forneceu mais detalhes.

Em um relatório sobre o ano fiscal de 2023, que começa em 1º de outubro do ano anterior e termina em 30 de setembro, o Departamento de Segurança Interna (DHS) contabilizou cerca de 565 mil casos de estadias prolongadas, o que representa cerca de 1,45% do total.

Em outras palavras, 98,55% dos visitantes não imigrantes “saíram dos Estados Unidos a tempo e de acordo com os termos de sua admissão”, diz o relatório.

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