O estoque de produtos agrícolas no País totalizou 76,1 milhões de toneladas ao fim do primeiro semestre de 2023, segundo a Pesquisa de Estoques divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período de 2022, houve alta de 16,2%. Houve expansão nos estoques de trigo (44,2%), soja (33,0%) e café (10,1%), mas quedas no arroz (-5,1%) e no milho (-11,5%). Esses produtos somam 95,9% do total estocado entre os itens monitorados pela pesquisa, enquanto que os 4,1% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Os estoques de soja somaram o maior volume, 46,9 milhões de toneladas, seguidos por milho (17,1 milhões de t), arroz (4,8 milhões de t), trigo (3,3 milhões de t) e café (800 mil t). A capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento agrícola foi de 201,4 milhões de toneladas em estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2023, 4,8% maior do que o resultado do semestre anterior.

O número de estabelecimentos ativos foi de 8,684 mil locais, um acréscimo de 3,0% ante o segundo semestre de 2022. Houve aumento no número de estabelecimentos em todas as regiões: Norte (24,7%), Centro-Oeste (3,6%), Sudeste (1,7%), Sul (1,5%) e Nordeste (0,2%).

O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.214), seguido por Mato Grosso (1.487) e Paraná (1.370). Mato Grosso possui a maior capacidade de armazenagem do País, com 51,7 milhões de toneladas, sendo 57,8% do tipo graneleiros e 35,7% do tipo silos. O Rio Grande do Sul tem 35,6 milhões de toneladas de capacidade, e o Paraná, 33,5 milhões de toneladas de capacidade, com predominância do silo.

Quanto à capacidade útil armazenável, os silos somaram 105,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023, o que representa 52,2% da capacidade útil total. Em relação ao segundo semestre de 2022, a capacidade dos silos cresceu 6,0%. Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 73,2 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 36,3% de toda a armazenagem nacional. Houve expansão de 4,0% na capacidade ante o semestre anterior.

Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 23,1 milhões de toneladas, uma fatia de 11,5% da capacidade total do País. O resultado representou um aumento de 1,9% em relação ao segundo semestre de 2022.