As montadoras terminaram o mês passado com 211,4 mil veículos em estoque, um volume suficiente para 34 dias de venda, segundo informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa o setor.

O nível de automóveis encalhados nos pátios de montadoras e concessionárias recuou em relação a julho, quando os estoques somavam 222,2 mil unidades e eram suficientes para 36 dias.

Embora o ideal seria um patamar mais próximo de 30 dias, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse nesta terça que o estoque chegou a nível “razoável”, tendo em vista a reação do mercado aguardada para o fim do ano.

Segundo Megale, os estoques se estabilizaram, reduzindo a pressão sobre a produção. “Não há mais necessidade de fazer ajuste de produção (para reduzir os estoques)”, comentou o executivo. Segundo ele, a parada das fábricas da Volkswagen em agosto, ajudou a indústria a adequar os estoques.

Emprego

No esforço para preservar vagas enquanto aguardam a retomada do mercado, as montadoras ainda mantêm 22,3 mil funcionários em esquema de jornada restrita de trabalho.

Segundo informou nesta terça a Anfavea, a indústria automobilística terminou o mês passado com 2,5 mil empregados afastados das fábricas em regime de “lay-off” (suspensão temporária de contratos de trabalho), ferramenta pela qual grupos de operários ficam longe da produção por até cinco meses.

Outros 19,8 mil empregados estão trabalhando em sistema de jornada curta por conta da adesão de suas empresas ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE).