10/11/2016 - 17:13
No primeiro dia de visitação do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, o estande da Nissan foi palco de um protesto contra más condições de trabalho em fábrica da montadora nos Estados Unidos. Cerca de 100 pessoas se reuniram em frente ao local, vestiram camisas pretas com a frase “A Nissan joga sujo” e, lado a lado, gritaram palavras de ordem contra a marca. Algumas exibiam placas com dizeres contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
A maioria dos manifestantes era formada por sindicalistas de São Paulo, que, em solidariedade aos metalúrgicos da Nissan nos EUA, decidiram realizar o protesto, com o apoio da entidade sindical nos EUA, United Auto Works Union (UAW). “A Nissan tem uma fábrica em Mississippi e trata os seus funcionárias de forma muito precária”, disse Adriano Lateri, de 39 anos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
O protesto teve início às 15h50 e começou a se dispersar depois das 16h20. Durante a manifestação eles chegaram a cercar um dos carros expostos pela Nissan, o modelo esportivo VGT 2020. “Não compre Nissan”, gritavam os manifestantes. Eles também pediram: “Nissan, respeita o trabalhador”. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, o protesto já era esperado e as denúncias não são verdadeiras.
Atritos entre a Nissan dos EUA e seus funcionários ocorrem desde 2013, com relatos de que a empresa persegue os trabalhadores. Diversos protestos relacionados ao conflito já ocorreram no país e em outras partes do mundo. No Brasil, houve manifestações em eventos relacionados aos Jogos Olímpicos, já que a Nissan era um dos patrocinadores, e também na última edição do Salão em São Paulo, em 2014.