Donald Trump convidou Jair Bolsonaro, que assume a Presidência do Brasil em 1º de janeiro, para visitar os Estados Unidos no começo de 2019, em um momento no qual ambos os países têm na agenda vários temas regionais em comum, informou um funcionário americano nesta sexta-feira (28).

“Esperamos ansiosamente que, talvez, possa ser realizada a sua primeira visita no início do ano que vem”, disse à imprensa um funcionário sob condição de anonimato.

Durante a sua visita ao Brasil, no final de novembro, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, já havia estendido a Bolsonaro um convite de Trump para visitar os Estados Unidos.

“O presidente eleito esteve muito inclinado sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua em sua defesa dos direitos humanos, das liberdades e da democracia para os povos desses países”, acrescentou o diplomata.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, viajará ao Brasil na semana que vem para a posse de Bolsonaro.

Durante a sua visita, ele se reunirá com o novo presidente e com Ernesto Araújo, que assumirá como chanceler do Brasil. Também aproveitará a oportunidade para se encontrar de forma bilateral com o presidente peruano, Martín Vizcarra.

Além disso, Pompeo se reunirá no Brasil com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um aliado próximo de Trump com quem, pela primeira vez, enfrenta divergências após o anúncio de que Washington irá retirar as suas tropas da Síria.

Pompeo irá à Colômbia em 2 de janeiro para se reunir em Cartagena das Índias com o presidente colombiano, Iván Duque, com uma agenda orientada para a questão da Venezuela.

“Na Colômbia, o secretário se reunirá com o presidente Iván Duque, para elogiar a Colômbia por assistir os venezuelanos que fogem do regime de Maduro e o presidente Duque por seu compromisso para aumenta a pressão sobre Caracas para restaurar a democracia na Venezuela”, informou o Departamento de Estado em um comunicado.

Esta reunião, antes do início, em 10 de janeiro, do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela, que Bogotá pediu para desconhecer depois que as eleições foram boicotadas pela oposição e reprovadas por vários países de Europa e América, inclusive Colômbia e Estados Unidos.

“Há uma data muito importante que se aproxima, que é 10 de janeiro, na qual Maduro vai atribuir a si mesmo o poder após eleições que muitos governos da região e do mundo condenaram, inclusive os Estados Unidos”, disse o funcionário americano.

Para o diplomata, este é um tema de preocupação para toda a região.

“Todos os nossos governos da região estão falando e vendo quais são as opções que existem para abordar o que consideramos ser uma transição ilegítima baseada em uma eleição que condenamos como ilegítima”, acrescentou.