O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque desta segunda-feira em Cabul contra o principal centro de formação militar dos serviço de inteligência afegão (NDS).

A polícia da capital do Afeganistão anunciou o fim do ataque e informou que os dois criminosos foram mortos.

“Apenas dois membros da polícia ficaram feridos”, afirmou o porta-voz Basir Mujahid, apesar do ataque ter demorado quatro horas e meia.

Mais cedo, o ministério do Interior informou que três criminosos estavam envolvidos no ataque ao prédio de quatro andares, dentro do complexo do NDS.

Em um breve comunicado publicado por sua agência de propaganda Amaq, o EI citava apenas dois homens na operação.

O ataque começou às 10H00 locais, quando homens armados atacaram um edifício do centro de treinamento do NDS em Cabul, afirmou o porta-voz do ministério, Najib Danish.

As forças de segurança enviaram reforços ao local, que fica próximo da Universidade de Cabul.

“Há três criminosos envolvidos. As operações continuam, mas as forças de segurança já atuaram no primeiro andar e abrem caminho para os demais andares”, afirmou no início do ataque Nasrat Rahim, também funcionário do ministério.

De acordo com fontes das forças de segurança, o centro de treinamento “80” é o mais importante do NDS, onde são formados todos os agentes dos serviços de informação.

Nas redes sociais, testemunhas mencionaram o som de uma explosão seguida de tiros, o que corresponde à forma de ataque dos insurgentes, que provocam uma forte detonação para abrir caminho aos grupos armados.

Mas fontes oficiais negaram que explosões teriam acontecido no local.

O grupo extremista EI reivindicou a operação e explicou que “dois homens-bomba do Estado Islâmico atacaram o centro de inteligência afegã em Cabul”, sem revelar mais detalhes.

O centro de formação foi alvo em setembro da explosão de um carro-bomba, um atentado que deixou três feridos.

O atentado anterior em Cabul, em 16 de novembro, foi executado por um homem-bomba contra uma reunião política e matou pelo menos 14 pessoas. O ataque também foi reivindicado pelo EI.

A capital afegã é alvo frequente de ações armadas dos grupos insurgentes. Desde janeiro foram registrados pelo menos 18 atentados importantes, segundo um balanço da AFP.

O mais violento aconteceu em 31 de maio, quando a explosão de um caminhão-tanque carregado com mais de uma tonelada e meia de explosivos deixou pelo menos 150 mortos e 400 feridos no bairro diplomático.