Estado Islâmico no Iêmen reivindica ataque contra separatistas

Estado Islâmico no Iêmen reivindica ataque contra separatistas

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta sexta-feira a autoria de um ataque que matou três separatistas em Áden, sul do Iêmen, país em guerra civil.

O ataque feriu e matou “membros do Cordão de Segurança (…) na explosão de uma motocicleta com um explosivo no bairro de Saad, em Áden”, informou a agência de propaganda do EI, Amaq.

O Cordão de Segurança é um grupo separatista controlado pelo Conselho de Transição do Sul (STC), apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, que tomou o principal porto de Áden, no sul do Iêmen, das forças do governo, com os quais, porém, eles são aliados contra o EI.

Em outro ataque, o chefe do grupo Cordão de Segurança sobreviveu à explosão de uma bomba contra seu comboio. Cinco de seus guarda-costas ficaram feridos.

A ofensiva desta sexta-feira ocorre num contexto de tensões entre os Emirados Árabes Unidos e o regime iemenita, enfraquecendo mais sua aliança contra os rebeldes huthis.

Os Emirados são um dos pilares da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que está envolvida na guerra do Iêmen desde 2015 em apoio ao poder contra os rebeldes huthis, que tomaram vastas áreas do território, incluindo a capital Sanaaa.

Mas desde o início de agosto, uma nova frente foi aberta no conflito com confrontos entre forças separatistas, que assumiram o controle de Áden. Antes, eles lutavam juntos contra os huthis.

O governo iemenita acusou os Emirados de ajudá-los militarmente, principalmente com bombardeios contra suas tropas.

Áden se tornou a “capital provisória” do poder após a tomada de Sanaa pelos huthis em 2014.

Os separatistas anunciaram na quinta-feira que recuperaram Áden das mãos das forças pró-governo, que a controlavam na véspera. Ela foi conquistada pela primeira vez em 10 de agosto.

Nesta sexta-feira, os Emirados Árabes confirmaram terem realizado ataques aéreos em Áden, garantindo que o alvo eram “milícias terroristas” e que agiram em legítima defesa.