O jornal O Estado de S. Paulo conversou com o diretor da Defesa Civil de São Paulo, Henguel Ricardo Pereira, sobre as fortes chuvas que atingiram o Estado. Veja os principais trechos.

Como a Defesa Civil trabalha em emergências como as que foram causadas pelas chuvas desta semana?

A Defesa Civil trabalha com o monitoramento de satélites e radares meteorológicos. Na sexta-feira passada, recebemos a informação de que teríamos muita chuva e gravamos um aviso de risco para que o pessoal entrasse em alerta e se preparasse. No primeiro momento, os radares demonstraram que ela seria grande, mas espalhada pelo Estado. À medida que se aproximou, conseguimos precisar melhor a informação. Distribuída dessa forma, ela proporcionou o volume que vimos para alagamentos, além de direcionar muita água ao Tietê, com uma média histórica.

Como o senhor avalia a atuação da Defesa Civil em relação ao temporal?

Não tivemos um número alto de vítimas porque o Estado de São Paulo estava preparado. Na cidade de Osasco, onde houve o desabamento de terra, tivemos apenas uma vítima de 16 anos que foi socorrida a tempo. As pessoas saíram antes de suas casas graças a um trabalho de prevenção, que antecipou a ação. Não tenho dúvida de que, se não tivessem saído, teriam sido vítimas. Não podemos colocar o patrimônio na frente de nossas vidas.

De que forma é feito o trabalho de prevenção realizado pela Defesa Civil para situações como essa?

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Temos as áreas de risco alto e muito alto nas encostas, além do monitoramento constante de pluviômetros, que medem a quantidade de água nos rios em 670 pontos distribuídos por todo o Estado. Com esses dois índices, e sabendo que algumas regiões são mais montanhosas, emitimos os alertas necessários.

Como posso saber se estou em uma área de risco?

Alguns sinais evidentes de pré-deslizamento podem ser observados se houver rachaduras e trincas de forma generalizada na casa ou em muros, escorrimento de água barrenta, inclinações de árvores e postes, um degrau de abatimento ou se o terreno der uma pré-cedida. Isso tudo demonstra que ele pode estar em colapso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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