O Estado do Rio de Janeiro já tem 36 casos de bebês com microcefalia associada a infecções congênitas, provavelmente em decorrência do vírus zika, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde. Os casos foram confirmados por critérios clínico-radiológicos, no período de 1º de janeiro do ano passado a 16 de abril deste ano, em todo o Estado.

Outros 294 casos de microcefalia notificados estão em investigação para definição das causas, sendo que 93 mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez.

Foram descartados 82 casos de microcefalia no período de investigação, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

O boletim informa que, desde 18 de novembro de 2015, quando a notificação de gestantes com manchas vermelhas na pele (exantema) se tornou obrigatória no Rio, 8.078 casos foram registrados. Entre as grávidas com exantema, 777 tiveram resultado positivo para o zika vírus, embora não haja ainda confirmação se os fetos apresentam microcefalia.

A secretaria afirma que todas as gestantes serão monitoradas até o final da gestação, embora apenas a existência do vírus não configure ocorrência de microcefalia. O boletim ressalta ainda que houve queda no número de notificações a partir da segunda semana de janeiro deste ano, o que indica uma diminuição no número de casos sintomáticos e sugere menor intensidade da transmissão da doença na população.

Síndrome de Guillain-Barré.

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O Estado do Rio contabiliza ainda 29 casos de Síndrome de Guillain-Barré com provável relação com o zika vírus. Desde julho de 2015, quando a notificação tornou-se obrigatória no Estado, foram notificados 95 casos: 85 estão em investigação para associação com o zika e 10 foram descartados por não possuírem quadro clínico compatível.

A síndrome é uma doença neurológica, de origem autoimune, que tem como principal sintoma a fraqueza muscular generalizada e pode causar a paralisia da musculatura respiratória.


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