Há mais de um ano estamos tentando combater e minimizar o contágio da Covid-19. Sem vacinas para toda a população, cabe a quem ainda não recebeu as suas doses ficar em casa e deixar a imunidade bem alta para evitar danos graves causados pela doença. Aliados importantes nessa missão podem ser os probióticos, bactérias benéficas para nossa saúde. 

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Arthur Feltrin, médico pneumologista especialista em doenças respiratórias, tabagismo, sono e longevidade saudável, explica em quais casos devemos investir nesse tipo de suplemento e para que ele serve. Começa explicando que, diferentemente do que muitos pensam, os probióticos não ajudam apenas na saúde do intestino, mas sim, do corpo todo.

“Essas bactérias são essenciais para o sistema imunológico, ajudam o corpo a estar sempre protegido, mas é preciso ingeri-las em quantidades suficientes, fazendo assim com que atuem da forma correta no organismo”, afirma Arthur. “Os probióticos contribuem também para o tratamento de doenças como obesidade, doenças bucais, problemas alérgicos, colesterol e pressão, irritações íntimas, estresse e ansiedade.”

Quando não ingerimos o suficiente desses pequenos organismos, aumentam as chances de enfrentarmos alguns problemas de saúde. “Em desequilíbrio, a pessoa poderá ter alguma alteração no sistema imune, como por exemplo ficar frequentemente gripada, sentir a pele mais seca, ter problemas com fungos, e outras doenças”, completa o médico.

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Quem não tem restrições alimentares pode encontrá-los em alimentos como iogurte, leite fermentado, queijo e coalhada. Já os veganos deparam com essas bactérias benéficas em picles, kefir, azeitonas curadas, miso, vinagre de maçã e shoyu. “Minha recomendação é uma avaliação individual com seu médico ou nutricionista, para checar quais culturas bacterianas você precisa indicar e o probiótico específico para o seu caso”, alerta o especialista.

Mas como esse suplemento influencia na imunidade do ser humano? Com a vida moderna, a poluição, sedentarismo, má alimentação e uso frequente de antibióticos podem deixar nosso corpo desequilibrado, e essas bactérias têm o trabalho de equilibrar tudo novamente. “Os probióticos vão regularizar a flora intestinal, com a consequência de melhorar o sistema imune, que por sua vez melhora a saúde de uma forma integral.”

E aí entra a relação dos probióticos com as doenças respiratórias, ou seja, Covid-19 inclusa. Quando nosso sistema imune está forte, é mais difícil sermos derrubados por um vírus ou bactéria “do mal”. E, caso desenvolvamos a doença, os sintomas serão bem mais fracos.

“Como as doenças respiratórias apresentam um caráter mais infeccioso e inflamatório, melhorando o sistema imune, consequentemente o controle dessas doenças será melhor, como no caso da asma, evitando que essa doença complique. Melhorar o sistema imune faz com que o organismo evite as infecções nas vias aéreas”, conta Arthur.

“Nesse momento, é necessário potencializar o sistema imune, a fim de evitar um desequilíbrio da flora bacteriana patógena e a flora bacteriana normal. Alguns pacientes com Covid-19 têm a necessidade de usar antibióticos ao longo do tratamento e é relatado na literatura que a cada ciclo de antibiótico feito a flora demora de 4 a 6 meses para ter um padrão. Então os probióticos precisam ser ingeridos por essa pessoa que passou pelo tratamento à base de antibiótico”, finaliza o médico. 


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