Madri vive nesta terça-feira (28) sob um forte esquema de segurança, composto por forças armadas e policiais, para proteger os mais de 40 chefes de Estado e de Governo e os 5.000 participantes da cúpula da Otan.

Chamada de “Eirene”, em homenagem à deusa grega da paz, a operação de segurança desta cúpula é a “maior da história recente da Espanha”, segundo o governo.

No total, 10.000 militares garantirão a segurança da cúpula, incluindo 6.500 policiais nacionais, 2.400 guardas civis e segurança privada e polícia local. Haverá também agentes de segurança da Organização do Tratado do Atlântico Norte e dos países presentes na cúpula.

“Durante dois dias, Madri, na Espanha, será o centro do mundo. O centro do mundo, devido ao número de chefes de Estado e de Governo que se reunirão aqui”, disse o chanceler espanhol, José Manuel Albares.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o francês Emmanuel Macron, os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, e da Alemanha, Olaf Scholz, são alguns dos mais de 40 chefes de Estado e de Governo presentes, incluindo os 30 aliados da Otan, e os de uma dezena de países convidados, como Suécia e Finlândia, candidatas ao bloco, ou os da Austrália e Japão.

Além da polícia e militares patrulhando as ruas da capital, a cavalo ou a pé, a cúpula mobiliza dezenas de helicópteros, que sobrevoam o céu de Madri desde segunda-feira.

De acordo com a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, aeronaves de combate e artilharia antiaérea também foram colocadas em alerta para proteger o espaço aéreo espanhol, e há um dispositivo policial antidrones.

E devido a um risco de ataque cibernético, considerado elevado pelas autoridades, foi também reforçada a vigilância das redes informáticas e das infraestruturas de telecomunicações.

No centro de Madri, onde a maioria dos hotéis estão cheios, várias estradas ficarão fechadas ao trânsito, como o Paseo de la Castellana, a emblemática avenida que atravessa a capital de norte a sul.

As rodovias que passam perto do Ifema, onde ocorre a cúpula, e o aeroporto militar Torrejón de Ardoz, onde os aviões dos presidentes aterrissam (e decolam), serão fechados em determinados horários.

Para evitar o caos nesta cidade de 3 milhões de habitantes, as autoridades convidaram a população de Madri a trabalhar em casa.

O famoso Museu do Prado, que receberá na quarta-feira um jantar para todos os dignitários, da Aliança e convidados, ficará fechado ao público durante dois dias.

Turistas e cidadãos comuns também não poderão tomar uma cerveja nas esplanadas da Plaza Mayor, grande ponto de encontro no coração da capital, pois o local será utilizado como estacionamento para carros oficiais a partir desta terça-feira.