Arqueólogos descobriram um cemitério romano cheio de restos mortais de pessoas que viveram na pequena vila de Fenstanton, na Inglaterra, no quarto século antes de Cristo. No local foi encontrado um esqueleto no qual foram achados 12 pregos e somente após a lavagem dos restos mortais, os profissionais encontraram o último cravado no calcanhar.

Uma das possibilidades da causa da morte foi a crucificação, pena de morte utilizada na Roma Antiga. De acordo com os arqueólogos, os ossos pertencem são de um homem que teria entre 25 e 35 anos na ocasião da morte, aproximadamente em 360 e 130 antes de Cristo.

“A combinação de boa preservação e o prego sendo deixado no osso me permitiu examinar este exemplo quase único quando tantos milhares foram perdidos”, disse a Dr. Corinne Duhig, osteoarqueologista da Universidade de Cambridge, em entrevista ao site da instituição. “Isso mostra que mesmo os habitantes deste pequeno assentamento no limite do Império não puderam evitar o castigo mais bárbaro de Roma.”

No terreno onde está localizado o cemitério funcionava uma fábrica de engarrafamento de leite. Além do esqueleto com 13 pregos, os pesquisadores encontraram restos mortais de 40 adultos e cinco crianças.

Apesar do achado ter ocorrido em 2017, os resultados completos da escavação, liderada por David Ingham, da Albion Archeology, devem ser publicados formalmente apenas no próximo ano. Os ensaios foram divulgados no site oficial da Universidade de Cambridge e na revista British Archeology.

No cemitério ainda foram encontrados objetos romanos como: broches esmaltados, moedas, cerâmica decorada e até ossos de animais que indicam métodos de açougue.