Valéria Pereira, de 39 anos, esposa de Valmir Pereira Cândido, de 42 anos, aponta que policiais militares não deixaram a família socorrer a vítima, que foi baleada em um bar na porta de casa, durante uma ação no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro.

“Passamos a manhã organizando a comemoração de 15 anos da minha filha. Chegamos em casa, mais tarde ele foi até o bar que fica na porta de casa com um amigo. Passaram 20 minutos e começaram os tiros”, contou a esposa.

“Eu comecei a ligar desesperada e ele não me atendia. Quando saí de casa, dei de cara com uma pessoa caída e os policiais em volta. As pessoas queriam socorrer, mas eles [PMs] davam tiro para o alto e diziam que ninguém ia levar ele”, continuou Valéria.

Segundo o UOL, Valmir deixa, além da esposa, um filho de 20 anos e uma filha de 14. Diretor da torcida Flamacacos [uma organizada do Flamengo], a vítima organizava eventos para outros rubro-negros assistirem às partidas que não contavam com transmitidas pela TV aberta, com o aluguel de lona e telão.

Durante a ação, cinco pessoas morreram na comunidade. De acordo com moradores locais, pelo menos duas não tinham envolvimento com o tráfico de drogas.