Diana Garbin usou suas redes sociais nesta quinta-feira (15) para falar sobre as influencers que usam suas plataformas para exaltarem o emagrecimento. A jornalista, que é casada com Tiago Leifert, é mãe de Lua, de 8 meses.

“Pessoas que compartilham comportamentos, que nem percebem que pode ter semelhança muito grande com transtorno alimentar, como vida fitness, como um exemplo a ser seguido para os milhares de seguidores. Cuidado com o que você segue nas redes sociais, algumas pessoas que, como eu, que fiquei mais de 20 anos doente e não sabia, não sabem que essa forma de se relacionar com o corpo e a comida é doentia”, disse Daiana, que sofreu com transtorno alimentar desde os seus 12 anos.

Ela continuou seu desabafo, pedindo para as pessoas tomarem cuidado com quem seguem e o que leva de verdade. “Mostram hábitos, o dia a dia e fazem reality show da própria vida e você, que segue, acha que é saudável, que aquilo vai te fazer bem. Pode ser perigoso. Você permite que todas as pessoas que você segue entrem na sua vida e te digam coisas. Então, cuidado com quem vai seguir, com o que vai acreditar. Como que o vai basear sua vida, sua felicidade e objetivos. A gente usa cada vez mais rede social sem saber o impacto que pode causar na rede”, declarou.

Daiana contou que, depois que foi mãe, ficou ainda mais atenta e preocupada com o assunto. “Mulheres que deixam inclusive de amamentar seus filhos para poder tomar remédio para emagrecer, fazer regime, se matar na academia e voltar ao corpo mais rápido possível… E me pergunto: quando a gente normalizou isso? Quando que ficou bonito e legal, e os seguidores apoiarem, quando você volta ao corpo depois do seu parto numa velocidade relâmpago e acham que isso é sucessos. Eu me pergunto. Será que é? O que quer dizer essa necessidade de mostrar um corpo magro tão rápido a ponto de não querer alimentar seu bebezinho”, continuou.

A jornalista fez questão de deixar claro que não estava fazendo julgamentos, mas sim propondo uma reflexão. “Eu sei que cada mulher tem suas demandas emocionais em reação ao corpo e aparência, eu não sou ninguém para apontar o dedo, porque eu fui doente com a minha imagem corporal e minha necessidade de emagrecimento por muitos anos. Não estou aqui para apontar dedos, mas para a gente pensar juntas”, completou.