SÃO PAULO, 11 JUL (ANSA) – A esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, se apresentou na noite desta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, para cumprir prisão domiciliar.   

Aguiar obteve o benefício em decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, mesmo estando foragida desde o dia 18 de junho, quando havia sido determinada sua prisão no âmbito do inquérito que apura um esquema de desvio de dinheiro público no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro.   

Noronha também autorizou prisão domiciliar para Queiroz, que estava detido desde 18 de junho, quando foi encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio, em Atibaia (SP). O casal está em sua residência na Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro.   

Cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) por indicação do presidente Jair Bolsonaro, Noronha justificou sua decisão com o argumento de que Queiroz tem câncer e corria riscos de saúde na prisão devido à pandemia do novo coronavírus.   

Em relação a Aguiar, o presidente do STJ avaliou que ela precisa ficar ao lado do marido para ajudá-lo no tratamento.   

A esposa não estava com Queiroz no dia em que ele foi preso. O policial militar aposentado foi assessor e motorista de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro e é acusado de operar um esquema de “rachadinha” no antigo gabinete do filho mais velho de Bolsonaro.   

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Esse esquema consiste na divisão forçada dos salários de assessores parlamentares com os políticos que os contratam.   

Flávio também é investigado no inquérito, e o Ministério Público do Rio o acusa de ter lavado R$ 2,3 milhões obtidos com a “rachadinha”. O senador nega as acusações. (ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias