TEL AVIV, 21 JUN (ANSA) – Sara Netanyahu, esposa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi formalmente acusada de abuso de poder e fraude, informou o Ministério de Justiça do país nesta quinta-feira (21).   

Segundo a acusação, Sara organizou “jantares privados” que custaram dezenas de milhares de dólares ao Estado. Tais eventos teriam ocorrido entre 2010 e 2013, na residência oficial do premier em Jerusalém.   

Além disso, ela é acusada de quebra de confiança e de “conspirar” com um alto funcionário para esconder o fato de que as refeições não deveriam ser reembolsadas. Caso seja condenada, ela pode pegar até cinco anos de prisão.   

Sara se defendeu e disse que as acusações são “infundadas e bizarras”, além de “baseadas em afirmações enganosas e em dados errados”. “É a primeira vez em Israel e no mundo que se processa a mulher de um líder por ‘comida servida em pratos descartáveis'”, disseram seus advogados, Yaakov Weinroth, Yossi Cohen e Amit Haddad.   

“Não houve nenhuma fraude ou abuso de poder e nenhuma outra infração. A esposa do premier não é funcionária do Estado”, justificaram. Em março deste ano, os Netanyahu foram interrogados pelas autoridades locais devido a um caso de corrupção envolvendo a plataforma de conteúdos Walla e a companhia de telecomunicações Bezeq.   

Além disso, o primeiro-ministro israelense já foi ouvido nove vezes por causa de outros episódios. (ANSA)